terça-feira, 10 de agosto de 2010

Enxaqueca: uma solução caseira?

Uma segunda-feira incomum, esta de ontem. Após a minha aula de Psicologia aplicada ao Direito, eu teria um tempo vago de aproximadamente 4 horas até a próxima aula, às 19h. Neste tempo, fui até a biblioteca da Universidade. Milhares de livros e eu sem saber o que ler. Após alguns minutos, acreditava ter escolhido o tema ideal. Fui procurar livros na área da Psicologia e por um acaso do destino, acabei por me interessar por outro livro e outro tema: um livro sobre a enxaqueca, que estava no mesmo corredor. Vocês começarão a se perguntar: O que um acadêmico de Direito, com milhares de opções diferentes, foi escolher justamente um livro que trata da enxaqueca? Calma, você irá entender.

A origem da palavra enxaqueca é árabe, e significa meia cabeça. Trata-se de uma forte e incomodativa dor. Tudo bem, qual dor de cabeça não é incomodativa? Mas estas dores, acreditem (sortudos de não sofrer deste mal), é pior do que você pode imaginar. Algumas consequências são: absoluta aversão à luz, incapacidade de raciocínio, mal humor, entre outras. Por sofrer de fortes crises de enxaqueca no passado, resolvi me inteirar de forma mais minuciosa neste assunto.

O livro que ocupou parte da minha tarde ontem foi: “Enxaqueca, só tem quem quer”, do Dr. Alexandre Feldman. Antes de comentar exatamente sobre o livro e ainda sobre o tema propriamente dito, quero deixar bem claro que não possuo nenhum conhecimento além do que os meus médicos me disseram nas inúmeras vezes em que fui consultar a respeito destas dores e o pouco do que li neste livro ontem à tarde. Então, não usarei nenhum termo técnico para facilitar a compreensão. E espero que, se eventualmente eu estiver errado em alguma colocação, que alguém que seja do ramo, me corrija sem hesitar. Todavia, apesar do pouco conhecimento, notei que tenho certa experiência nesta modalidade de dor de cabeça, visto que fui um sofredor (se é que posso usar este termo) destas fortes crises por uma grande parte da minha adolescência.

Não cheguei a concluir o livro e tampouco cheguei na metade dele, mas até onde eu li, tudo (ou quase tudo) o que foi relatado eu já havia vivenciado. Desde que comecei a sofrer destas crises, fiz uma infinidade de exames, tais como, eletroencefalogramas, mapeamentos cerebrais, exames de sangue, entre outros. Contudo, nunca restou diagnosticado a real causa destas dores incessantes.

Em que pese o fato de eu ter sido um assíduo frequentador de médicos na cidade de São Borja, e aqui quero esclarecer que não afasto a qualificação deles (longe disso!), mas jamais pude conhecer a causa resultante destas dores. Na verdade, o próprio autor do livro que eu li diz que é difícil apontar claramente a causa dessas dores de cabeça e os variados sintomas da enxaqueca. No decorrer do seu livro, o Dr. Alexandre dá inúmeras dicas para que de repente, veja bem, “de repente”, possa prevenir uma forte crise. Além disso, critica ferrenhamente esta realização infinita de exames (a não ser que eles sejam imprescindíveis) e também a recomendação de medicação com efeito imediatista e paliativo. Ele alega que passou a recomendar aos seus pacientes um novo hábito de vida. Um controle sobre todos os passos e que não vou delimitar aqui, porque demandaria maior tempo e espaço físico.


Diante de todo o exposto, cheguei a uma conclusão: o quão inútil foi toda a minha preocupação com exames, com restrição disso e daquilo, com uso controlado de remédio, se a verdadeira causa destas crises, não foi descoberta. Como leigo, cheguei até cogitar hipóteses de sinusites e aneurisma, em alguma das vezes, tendo em vista as semelhanças destas com os sintomas da enxaqueca e por mais uma vez, fiz exames inúteis e fiquei bastante preocupado. Para encerrar, como amigo, recomendo a você, se é novo no meio dos “enxaquecos”, cuide de seu sono, sua alimentação, seu equilíbrio hormonal, seu condicionamento físico, sua mente como um todo e não se preocupe com exames e medicações. Preocupe-se, sobretudo, com você. Só assim você conseguirá vencer. E posso alegar com segurança que estas foram as mudanças que me afastaram destas nefastas crises.

Uma ótima terça-feira a todos!

Abaixo, seguem algumas dicas dadas pelo próprio Dr. Alexandre Feldman, no site: www.enxaqueca.com.br:
  • Procure não fumar ou ficar perto de quem fuma;
  • Evite o consumo diário de cafeína (café, refrigerantes, entre outros);
  • Beba água;
  • Não tome pílula anticoncepcional. Procure métodos sem hormônios;
  • Não faça reposição hormonal convencional;
  • Vá dormir mais cedo, e não pense que é o mesmo que acordar mais tarde;
  • Procure acordar todos os dias no mesmo horário;
  • Não "pule" refeições, especialmente a da manhã;
  • Exclua o leite de vaca de sua dieta;
  • Consuma derivados fermentados do leite, como iogurtes naturais, queijos e leites fermentados (como o kefir);
  • Não coma doces;
  • Evite o consumo de pães;
  • Evite o consumo de massas;
  • Evite chocolate em excesso;
  • Evite carne de frango, ela pode conter altos teores de antibióticos, hormônios artificiais entre outros aditivos;
  • Evite o consumo de produtos industrializados. eles podem conter substâncias desencadeantes;
  • Procure consumir carnes, ovos, peixes,frutas, verduras e legumes de cultivo orgânico.

2 comentários:

  1. eu tambem,sofro muito com enxaqueca,seu comentario foi muito util,obrigado

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  2. Muito obrigada pela ajuda!! Choro desesperadamente de tanto sofrer com esse mal, e infelizmente, pessoas ao meu redor não entendem ou acham que é frescura. Seu texto me ajudou muito!!! :)

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